Não crie problemas desnecessários para você. E o entendimento descerá sobre você se você observar como você torna um problema cada vez maior, como você o engendra, e como você ajuda a roda a girar cada vez mais rápido. Assim de repente, você está no topo da sua miséria e você está necessitando da simpatia do mundo inteiro.

O ego precisa de problemas. Se você compreender isso, na própria compreensão as montanhas viram montículos novamente, e então os montículos também desaparecem. Subitamente há vacuidade, pura vacuidade por toda parte. Isso é tudo o que a iluminação é – um profundo entendimento de que problemas não existem. Assim, sem nenhum problema para resolver, o que você vai fazer? Imediatamente você começa a viver. Você irá comer, irá dormir, irá amar, irá bater papo, irá cantar, irá dançar. O que tem mais para fazer? Você se tornou um deus, você começou a viver!

Se as pessoas pudessem dançar um pouco mais, cantar um pouco mais, serem um pouco mais malucas, a energia delas estaria fluindo mais, e os problemas delas irão desaparecer aos poucos. Daí eu insistir tanto na dança. Dance até o orgasmo; deixe que toda a energia se torne dança e subitamente, você verá que você não tem nenhuma cabeça. A energia presa na cabeça se move ao redor, criando belos padrões, pinturas, movimentos. E quando você dança chega um momento que o seu corpo não é mais uma coisa rígida, se torna flexível, fluido. Quando você dança chega um momento quando sua fronteira não está mais tão clara; você se funde e se dissolve com o cosmos, as fronteiras ficam misturadas. Assim você não cria qualquer problema.

Viva, dance, coma, durma, faça as coisas tão totalmente quanto possível. E lembre-se sempre: quando você flagrar a si mesmo criando algum problema, dê o fora dele, imediatamente.


Osho, Ancient Music in the Pines, Discurso #2

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